Quando falamos em tipos de comunicação, sabemos que existem várias formas de expressão. Daqui, surgem os conceitos de comunicação verbal e de comunicação não verbal. Enquanto o primeiro diz respeito ao léxico que utilizamos e porquê, o segundo reforça essas palavras com gestos e expressões faciais. Contudo, as atitudes de comunicação, referem-se ao estilo adotado para se expressar.
Hoje, iremos analisar que atitudes são essas, dando maior enfoque à comunicação assertiva, já que é a única capaz de potenciar uma vitória partilhada por ambas as partes. A melhor perspetiva, de acordo com o último artigo Hábitos das pessoas de sucesso – Otimize a sua rotina diária em 7 passos.
Todos conhecemos ou somos alguém que não fala muito e que não precisa conter-se para deixar passar comentários que venham na sua direção. Numa atitude passiva, o indivíduo abre mão das suas crenças, desejos e opiniões, para manter intactas as relações que tem em seu redor.
Esta atitude, em termos não verbais, é marcada por uma postura cabisbaixa, de ombros encolhidos e sorrisos falsos ou envergonhados com a finalidade de agradar. A nível verbal, são reconhecidos através de um tom de voz baixo e hesitante. Tenderão a pedir autorização antes de fazer algo; dirão que não tem problema, quando tem; partilharão a sua opinião apenas se pedida, mas acrescentarão disponibilidade para fazer antes da forma de quem os ouve.
Pela sua ansiedade e insegurança, a atitude passiva acaba ignorando os seus próprios objetivos em prol dos restantes. Assim, este estilo de comunicação é geralmente o lado perdedor numa negociação, seja ela profissional, pessoal ou social.
Importante não confundir uma comunicação passiva com alguém introvertido. Apesar de poder ser mais comum nessas pessoas, não existe uma conexão direta entre ambas.
“Eu sou assim mesmo, e não vou mudar” é uma frase muito comum numa comunicação agressiva.
O indivíduo com uma comunicação de atitude agressiva costuma levar a sua avante e, por isso, o estilo agressivo é até por vezes reconhecido como o correto. Porém, a forma como o discurso é colocado, acaba por se traduzir numa conquista a curto prazo.
Quando comunicam, os sujeitos com este tipo de comunicação, fazem-se valer de um olhar firme e fixo, com uma postura e com gestos intimidadores. Em termos verbais, são mais apologistas de ordenar num tom de voz alto, do que fazer pedidos de forma calma. Não escutam com atenção e, também por isso, fazem interrupções constantes no discurso do outro. As suas falas são hostis e a sua postura muito segura, podendo esboçar sorrisos irónicos ou sarcásticos.
Este tipo de atitude comunicacional pretende persuadir e dominar. Para isso, em vez de falar claramente acerca dos seus objetivos, o sujeito que a manifesta, opta por responder indiretamente às questões.
Da mesma forma que é muito comum este perfil ser muito popular e carismático, uma atitude manipuladora, usará também a timidez e a educação para se apresentar como alguém prestável, confiável e amigável. Estas atitudes não são sentidas, mas sim representadas. Um perfil manipulador sabe que a impressão positiva causa um excelente impacto na mente do outro e que esta representa a ponte para conseguir o que pretende. É devido ao excessivo foco no ego, que um comunicador de atitude manipuladora não escuta, e faz uso de intermediários quando conveniente.
No que diz respeito à perspetiva verbal, o sujeito manipulador vai tentar dominar através da distorção do discurso dos outros, da mentira e da desvalorização de quem o rodeia. Ao contrário de assumir as suas próprias responsabilidades, colocar as culpas no outro é-lhe muito intuitivo. Tal acontece porque uma vez trazendo à conversa os defeitos do outro, torna-se mais fácil baixar a autoestima de quem ouve, aumentando consequentemente a dominância de quem fala.
Se se sente debaixo de uma influência manipuladora, lembre-se que todos nós temos defeitos e que o importante é trabalharmos sobre eles. O autoconhecimento é uma ferramenta muito poderosa e útil, construa a consciência de si, pois só você tem acesso a ela.
Até agora abordámos três diferentes estilos de comunicação:
Falta-nos apresentar a comunicação assertiva, aquela que garante um entendimento claro para as duas partes, cultivando uma situação de win-win (em que ambos os lados vencem) e, como sabemos, qualquer vitória sabe melhor se partilhada.
As falhas de comunicação são uma das maiores fontes de dor. Na vida pessoal, podem trazer desconhecimento, angústia, tristeza e/ou raiva. Na vida profissional, trazem obstáculos para o crescimento dos colaboradores e para a excelência do negócio.
Mas, e se lhe dissermos que evitar falhas de comunicação está ao seu alcance?
A comunicação assertiva visa evitar falhas de comunicação e assenta, por isso, num discurso claro, direto e objetivo. Através de uma atitude assertiva, é transmitida uma mensagem coerente, bem como uma passagem de maior confiança e transparência. Estas últimas caraterísticas são as que nos permitem agir e tomar decisões com maior equilíbrio e segurança em nós próprios.
A assertividade não é inata, ou seja, não nasce connosco, porém é aprendida, e está ao alcance de todos.
Um discurso coerente diz o mesmo em palavras, que diz em gestos e expressões corporais.
Como sabemos, a comunicação verbal representa apenas parte da nossa comunicação geral. Então, se já sabe o impacto que o corpo e as expressões faciais têm no discurso, use-as a seu favor.
Os sentimentos são uma linguagem universal. Verdade que o que faz um português feliz, pode não ser o que faz também um japonês e por aí em diante. Contudo, todos sentimos e estamos familiarizados com a felicidade e, felizmente, o mesmo acontece com os restantes sentimentos. Assim sendo, dê-lhes uso em seu benefício, pois eles ajudarão a manter a atenção de quem o ouve no que diz.
Está familiarizado com aquela pessoa que come fast food quase todos os dias, mas diz que você devia alimentar-se melhor? Ou com aquela que nunca correu 100 metros, mas afirma a pés juntos que se você fizesse exercício físico a sua vida iria melhorar muito? O que lhe parece destes argumentos? Coerentes? Claro que não!
A inconsistência deste discurso não se deve ao próprio discurso, mas às ações, ou falta delas, que se escondem por trás dele. Se quer que alguém siga o seu conselho ou sugestão, siga-o você primeiro, e talvez depois já nem precise de falar. Até porque, como nos diz o conhecimento empírico, as ações falam mais do que as palavras.
A quarta e última caraterística de um comunicador assertivo é, só por si, um novo Mundo. Inteligência emocional significa usar os estados emocionais que já temos nas nossas vidas, a nosso favor.
Antes de prosseguirmos, é importante que clarifique a mente no que diz respeito a emoções positivas ou negativas. Ambas são necessárias e precisam de ser sentidas. O segredo aqui, é quando e como.
Cada estado emocional traz consigo um conjunto de recursos que facilitarão, ou não, realizações importantes. Partilhamos consigo alguns exemplos:
“Estás mais magro” – Emagrece – “Estás mais gordo”
“Devias estudar mais.” – Estuda mais – “Agora estás sempre a estudar.”
“Não tenho tempo agora, envia-me o pedido por e-mail.” – E-mail enviado – “Não acredito que não falaste antes comigo pessoalmente.”
Não espere encontrar sentido na sua vida através dos comentários alheios. É importantíssimo vivermos em sociedade e aprendermos a lidar com as opiniões dos outros. Por vezes, elas trazem realmente elucidações para as nossas vidas. Contudo, ao deixar-se influenciar, rapidamente entenderá que todos temos algo a acrescentar, mas não necessariamente com sabedoria.
O mapa do EU diz respeito a uma junção do inato – o sorteio genético que nos foi atribuído à nascença – e o adquirido – o meio e as experiências que vivemos. Isto significa que apenas o próprio sujeito sabe consciente e inconscientemente qual o seu inato e qual o seu adquirido. Então, apenas o EU tem acesso ao seu próprio mapa, pelo que, apenas você saberá como continuar a desenhar a sua própria vida.
Se apenas o EU tem acesso ao seu mapa, então todos temos mapas diferentes. Compará-los iria apenas despoletar dispensavelmente sentimentos menos positivos. Repare, uma vez mais o problema não está em sentir emoções negativas, mas sim quando elas são justificáveis. Senti-las desnecessariamente significa sabotar-se.
Para que a evolução seja constante, o único ser com quem nos devemos comparar, é com o EU de ontem.
Quantas vezes dá por si calado, enquanto o outro fala, mas já está a pensar na resposta que irá dar no final, ou até mesmo no que será o jantar logo? Este é um excelente sinal que tem uma oportunidade para melhorar as suas capacidades de escuta. Se não ouvir o que os outros têm para dizer, como pode conhecê-los melhor e tomar as palavras e ações certas, no momento certo? Como pode acrescentar sabedoria ao seu conhecimento?
Se levar mais uns momentos a responder quando for a sua vez, não tem problema, pois parte da comunicação assertiva e da inteligência emocional, diz respeito a pensar antes de falar.
Todos passamos por situações boas e menos boas, mas todas elas construíram-nos e tiveram um forte impacto no EU de hoje. Aprenda que as coisas têm apenas o significado que lhes damos. Imagine que chega ao carro e tem um risco. Poderá até ficar aborrecido inicialmente e pensar de imediato no dinheiro extra que terá de gastar para solucionar o problema. Afinal de contas, temos de permitir-nos sentir. Contudo, deixar que um pequeno risco arruíne uma semana, será nefasto para os que o rodeiam, mas especialmente para si. Só tem problemas com o carro, quem tem carro.
A resiliência é a capacidade de sofrer pressão, e regressar ao estado original. Isto significa que desistir não é opção. Se o objetivo é 1 e os passos são 10, o EU deve desafiar-se a percorrer todos eles, e a repeti-los quando cair. Usamos “quando” e não “se”, porque todos nós caímos e a única grande diferença, está na forma de levantar.
Se pretende aumentar a sua resiliência, tome banho, ou comece com pelo menos 60 segundos de água fria, da cabeça aos pés, no final do duche matinal. Quando estiver debaixo dessa água, tentará negociar consigo próprio para sair. Mas você é dono de si, dono da sua mente, e tem certamente mais força do que acredita ter. Afinal de contas, quem não aguenta uma água fria?
Esta metáfora diz-nos que os problemas devem ser encarados com perseverança, ou seja, tudo o que começa, acaba. No caminho para o sucesso, não é permitido fazer apenas o que se gosta. É devido que façamos tudo quanto necessário para alcançar os objetivos.
Atribua a cada frase uma nota de 0 a 5, de acordo com os seus comportamentos.
Responda com sinceridade. Lembre-se que este teste é feito apenas para o seu autoconhecimento e que ninguém, para além de você, terá acesso às respostas.
0 = Nunca ou muito diferente de mim
1= Moderadamente igual a mim
2 = Às vezes igual a mim
3 = Frequentemente igual a mim
4 = Muito frequentemente igual a mim
5 = Sempre ou exatamente igual a mim
A) Quando enfrento alguém sobre determinado problema, sinto-me muito constrangido(a).
B) Permaneço calmo(a) e confiante ao defrontar-me com sarcasmo, escárnio ou críticas ofensivas.
C) Perco a calma facilmente.
D) Procuro resolver os problemas diretamente, sem culpar ou julgar os outros.
E) Acho certo pedir o que desejo ou expor os meus sentimentos.
F) Sinto-me à vontade quanto ao grau de contacto visual que estabeleço com outras pessoas e creio que elas também sentem o mesmo.
G) Sinto-me facilmente constrangido pelo ridículo ou sarcasmo.
H) É mais importante obter o que desejo do que conquistar a simpatia das pessoas.
I) Prefiro mil vezes quando as pessoas adivinham os meus desejos
J) Confio na minha habilidade de resolver satisfatoriamente a maioria das situações de trabalho que envolvem confronto com outras pessoas.
K) Elevarei o tom de voz ou farei uso de olhares ofensivos ou sarcasmo para conseguir o que desejo.
L) Usarei o sarcasmo ou piadas para afirmar o meu ponto de vista.
M) Paciência não é o meu forte.
N) Conquistar a simpatia das pessoas é mais importante para mim, ainda que, algumas vezes, precise para isso negociar a sua colaboração.
O) Detesto confrontos e, por isso, farei tudo o que está ao meu alcance para evitá-los.
P) Realmente não gosto de confrontos. Usarei, então, outros meios para manifestar os meus sentimentos, tais como observações “cortantes” ou manifestações de impaciência.
Q) Posso não ser muito direto com as pessoas, mas elas conseguem perceber o que penso a respeito delas só de olhar para mim.
R) É fácil para mim apontar o dedo indicador para as pessoas.
S) Manifesto impaciência em relação aos outros através da expressão corporal.
T) Se for solicitado(a) a fazer algo que não queira, ainda assim atenderei o pedido, mas propositadamente não o farei tão bem quanto poderia por livre vontade.
Agora que respondeu a todas as perguntas, está na hora de fazer as contas e ver qual o seu tipo de comunicação. Consequentemente, através desta análise, também conseguirá retirar algumas ideias dos pontos em que tem uma oportunidade de melhoria.
Em separado, some os valores dos seguintes grupos de perguntas:
Agora que sabe o ou os grupos onde se encontra na maioria das vezes aquando comunicando, percebe também o que está ao seu alcance de melhorar.
A comunicação assertiva é um dos mais importantes mecanismos a adotar para levar uma vida de sucesso, não apenas profissional, mas também pessoal. Lembre-se que a assertividade não é inata, é sim uma aptidão. Por isso, reflita diariamente acerca daquilo que pretende aprimorar em si, anote as suas vitórias e o porquê de ter vencido, sem se esquecer que errar é humano. Permita-se fazê-lo!
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