Uma entrevista de emprego é uma oportunidade para ambas as partes colocarem diversas questões e conhecerem-se, de forma a que o recrutador consiga perceber se o candidato tem o perfil adequado para a função, e o candidato entenda se a função à qual se candidata corresponde realmente às suas expetativas e se é a oportunidade ou projeto que está realmente à procura. Se num outro artigo, apresentámos algumas perguntas que poderá colocar ao recrutador, hoje compilamos algumas questões que não deve colocar em reunião de trabalho.
É um processo que envolve alguma complexidade, e a forma como é conduzida a entrevista é essencial para traçar o perfil. Honestidade e transparência são totalmente fundamentais, não devendo ser omitido nenhum facto que seja relevante. No entanto, entre consultores da Human Profiler, é unâmime a nossa opinião sobre o que não perguntar numa entrevista de emprego.
De seguida apresentarei alguns exemplos e esclarecerei por que razão não devem ser utilizadas neste contexto.
Colocar este tipo de questão poderá revelar que a reunião/entrevista com o recrutador não teve qualquer preparação prévia. Poderá ser um indicador de desinteresse do candidato. Não será requerido que conheça ao detalhe todas as competências da empresa, bem como a sua estrutura, porém é aconselhável preparar-se para a reunião e fazer uma breve pesquisa, de forma a entender qual a sua cultura, missão, valores, etc.
Uma questão deste género não é apreciada pelas equipas de recrutamento. O candidato ainda não iniciou as suas novas funções e já está preocupado com as férias, o que poderá ser um indício de falta de compromisso – uma das soft skills mais apreciadas pelas empresas. Contudo, existem exceções! Caso já tenha férias agendadas, nomeadamente uma viagem que seja difícil cancelar, deverá informar o recrutador com a maior brevidade.
Devem ter sempre em consideração que os conceitos chave são a honestidade e transparência.
É sempre expectável que em determinado momento de uma entrevista venha a ser discutida a componente salarial. Não é uma questão de caráter eliminatório, mas sim uma forma de entender qual o enquadramento salarial expectável para o candidato. No entanto, colocar este tipo de questão revela que o candidato poderá não ter noção da remuneração para a função que desempenha, irá desempenhar, ou função a que se candidata. Será conveniente existir uma noção do intervalo salarial médio auferido para a função a que se candidata, tendo em conta as suas competências e experiência.
Uma empresa deverá valorizar os recursos, devendo existir um plano de carreira para que os colaboradores se sintam parte integrante de organização, sabendo de que forma podem evoluir e crescer a nível profissional e pessoal. Ainda assim, desaconselha-se esta questão em momento de entrevista. O candidato deverá estar focado no seu valor, e em que medida poderão as suas competências, motivação e know how incrementar valor à empresa que pretende a sua contratação. A médio/longo prazo, a empresa irá reconhecer e valorizar o trabalho feito, o que irá permitir a sua progressão tendo em conta o plano de carreira.
Resumindo, o candidato deve preparar-se da melhor forma possível para uma entrevista de emprego, de modo a mostrar ao recrutador por que razão é um recurso válido, e qual o valor que poderá incrementar à organização ao contratá-lo. O papel do recrutador será sempre avaliar e verificar que o perfil de quem está a entrevistar se adequa ao cargo função pretendida, de forma a assegurar-se de que será a pessoa certa para desempenhar a função adequada ao seu perfil e às suas expetativas.
Esta informação é relevante para ter uma ideia de como serão os seus horários e flexibilidade dos mesmos. No entanto, numa primeira fase, não é o momento mais indicado para falar sobre esse tópico. Com o avançar do processo de recrutamento terá mais oportunidades para compreender melhor as exigências da função.
Mesmo que seja algo possível no futuro, a forma como introduz esta pergunta poderá determinar também a forma como a mesma é apreendida. O horário de trabalho, tal como o ordenado, é algo que entra no pacote de negociação para um novo desafio profissional. Como tal, deverá ser discutido de forma plausível e, sobretudo, oportunamente. Assim, sugerimos que, qualquer que seja a sua determinação quanto a este tópico, a apresente no momento mais indicado à equipa de recrutamento, assim como outras perguntas pertinentes ao processo, evitando dar sinais de possíveis alterações assim que tenha um parecer favorável à sua contratação, o que não abona em seu favor, como candidato.
Quem é que nunca teve vontade de fazer esta pergunta? Na verdade, vai revelar muita impaciência e precipitação do seu lado. Mantenha a calma e demonstre que respeita as decisões dos outros. Enquanto isso, aguarde que o informem ou partilhem uma resposta quando for conveniente para a empresa. Lembre-se que é um dos muitos candidatos e todos têm qualidades pessoais e profissionais. Na preparação da sua entrevista, e também no decorrer da mesma, o seu objetivo é reunir e apresentar todos os seus fatores de diferenciação enquanto candidato, que o destacam dos demais no processo. É sobre isso que deve manter o foco.
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