Em linhas gerais, todas estas modalidades derivam do outsourcing, cuja base tem o objetivo de externalizar processos por forma a reduzir custos operacionais das empresas, sendo que cada uma irá atender de forma diferente consoante as necessidades. Com características muito semelhantes entre si, nearshoring e offshoring surgem como duas soluções viáveis para empresas que procurem terceirizar partes fundamentais do negócio com um ponto crucial para a sua escolha: a localização. No modelo de offshoring, a empresa contratante do serviço está geograficamente distante da empresa que irá prestar o serviço, tratando-se muitas vezes de diferentes continentes. Deste modo, sendo a proximidade, não só local, como horária e cultural, uma das maiores vantagens de contrair um serviço nestes moldes, torna-se inconcebível para uma empresa este afastamento acentuado que, em alguns casos, poderá representar diferenças horárias de 12 horas, o que compromete uma colaboração plena das equipas.
Por outro lado, o nearshoring, surge como uma alternativa mais viável no sentido de, tanto o contratante do serviço como o provider da solução estarem, embora em países distintos, geograficamente próximos. Nesta solução verifica-se a localização dentro do mesmo continente, o que na prática confere uma maior compatibilidade horária, o que irá sustentar uma colaboração mais consolidada.
Onshoring, por sua vez, é o modelo mais conhecido e mais associado ao outsourcing. Através deste regime de colaboração é contratado um serviço a uma empresa exterior, dentro do mesmo país, podendo ser ou não numa cidade diferente. É através do onshoring que uma empresa poderá investir dentro do seu país de origem e na sua economia, embora possa optar por contratar o serviço fora dos grandes centros urbanos onde o custo de vida poderá ser mais alto e assim tornar o projeto mais rentável, evitando possíveis constrangimentos potencialmente verificados num regime em que o serviço é contrato a um parceiro geograficamente distante.